sexta-feira, maio 16, 2014

Primavera...até que enfim!

A Primavera já veio ter connosco há algum tempo, mas nós ainda não tínhamos ido ter com ela... Agora sim! :-)

Árvore


A semente dorme na
placenta, húmida, da
Terra. Mas começam a
percorrê-la murmúrios
de água e Primavera.
Torna-se raiz e caule,
que irrompe da sua
prisão sem luz para
beber os ventos e a 
claridade do dia. O
tronco firma-se como 
um mastro e caminha
para céus, claros,
num apelo a ninhos.
Em breve, brevezinho,
desfralda-se em ramos
e folhas que atraem
uma floração de asas e
de cânticos. E a árvore
começa a ser, a dar e a
permitir vida.

Luísa Dacosta

sexta-feira, maio 09, 2014

Arquitetura...uma amiga da Matemática

Uma vez que andamos à volta com as medidas de comprimento, perímetros e áreas, hoje, num bocadinho da aula, recebemos a visita de uma mãe, que é arquiteta, e nos veio falar um pouco do seu trabalho e da ligação próxima que existe entre a Arquitetura e a Matemática, que como pudemos constatar, é enorme!

E vimos em tamanho real algumas das coisas sobre as quais já falamos durante as aulas: as plantas e as maquetes.




Depois vimos exemplos de algumas construções, desde os tempos pré-históricos até aos dias de hoje e tentamos identificar, neles, algumas características matemáticas.


Enquanto ouviam as explicações, os alunos seguiram a leitura de um texto, que a certa altura lhes, perguntava: 
(e a resposta não poderia ter sido mais adequada aos conteúdos que estamos a abordar). :-)


Sabem dizer se a Matemática é importante para a arquitetura e para o Arquiteto?

A Matemática está sempre presente, é uma ferramenta de trabalho. Temos que conhecer as medidas do espaço onde vamos colocar o nosso objecto, ou seja, a área, as alturas que vamos atribuir a cada elemento, o volume, a dimensão das janelas, das portas, dos quartos, das salas, conhecer todas as formas geométricas que podemos usar. Os eixos de simetria sempre revelados em todos os edifícios e nos desenhos das cidades.
Assim, se não conhecermos as mais variadas formas da matemática não nos é possível pensar e fazer Arquitetura.

No final, os alunos foram desafiados a desenhar a planta do seu quarto ou como gostariam que ele fosse.

Foi muito engraçado ver a dificuldade que os meninos sentiram em representar os vários elementos do quarto, tanto a nível de proporção e de orientação espacial, como a nível da perspetiva (muitos misturaram as visões 2D e 3D). Mas ainda assim, superam bem a prova!






Resta-me agradecer, desta vez, a colaboração da Marta Fernandes, que tão bem e tão gentilmente, veio contextualizar o uso da Matemática na vida real. Muito obrigada por este bocadinho! :-)

sexta-feira, maio 02, 2014

Visita à Signinum - A Matemática e o Património

Hoje, finalmente, conseguimos realizar uma atividade que há muito estava programada, mas que só agora se concretizou.

Voltando ao tema do nosso projeto "Matemática: um património a descobrir", e tendo como ponto de partida a simetria dos azulejos do claustro do nosso colégio, cujo património é belíssimo, fomos até às instalações da Signinum, em Celeirós, onde nos esperavam várias atividades sobre o Património e a Matemática.


Uma das primeiras coisas que vimos foi este oratório que estava a ser limpo, pacientemente, por umas das técnicas. E mal olhamos para ele conseguimos de imediato identificar nele um aspeto matemático: a sua simetria, com um eixo de reflexão vertical.

As imagens que fazem parte do interior deste oratório estavam nas mãos de outra técnica, a serem limpas e muito bem tratadas!


De seguida observamos mais duas técnicas que estavam a retirar a sujidade de uma tela enorme. Qual seria o seu comprimento? E a sua área? Esquecemo-nos de perguntar, mas vamos descobrir! :-)


Aqui também se destacou outro aspeto matemático: a tela estava dividida em tantos quadradinhos, que até parecia um tabuleiro xadrez! Por que motivo? Alguém se lembra? Deixo a pergunta em aberto para quem quiser responder.


À nossa espera estava também um microscópio ótico onde pudemos ver que mistérios se escondem por detrás das peças. Por exemplo, a peça que analisamos ao microscópio, e cuja imagem vimos num monitor, tinha imensas camadas de tinta, o que prova que esta esteve sujeita a uma grande quantidade de pinturas. Neste microscópio pudemos também observar um bicho da madeira, que tantos estragos faz na madeira, e que muito ampliado se revelou extremamente feio aos nossos olhos. Eh eh!


Posteriormente fomos ver como eram feitas as tintas, antigamente. O processo não era complicado: bastavam pigmentos, retirados de vários elementos da natureza, água e um aglutinador (um tipo de cola para dar consistência à tinta) - neste caso foi usada a gema do ovo. Depois de termos estas tintas naturais preparadas, fizemos alguns desenhos livres com elas.


Depois disto ainda douramos uma flor feita em gesso. Aqui abordamos os conceitos de volume (aquando do enchimento dos moldes com o gesso para fazer as flores) e de área (quando cobrimos toda a superfície da flor com folha de ouro. 




O resultado final deixou-nos boquiabertos e muito contentes!


Para finalizar a manhã, realizamos então a atividade relacionada com os azulejos do nosso colégio. Mas estas coisas da geometria e do tempo (que começou a ficar apertadíssimo) às vezes são complicadas... Por isso, ainda vamos retomar este trabalho, apesar de já lhe termos dado um bom pontapé de saída!


Resta-me agradecer à Signinum que tão bem nos recebeu e tanto nos ensinou. 


Muito obrigada por toda a colaboração e por nos terem permitido esta viagem pela preservação do património.